Testemunhos de Cura por John Lake IV

Certa ocasião, eu estava ao lado de uma mulher moribunda que se contorcia em extrema agonia. Eu havia orado por ela em várias ocasiões, sem resultado algum. Nesse dia, porém, algo simplesmente mudou dentro de mim. Minha alma se quebrantou por completo, e vi a pobre mulher de forma totalmente nova. Antes que eu pudesse raciocinar sobre o que estava fazendo, estendi meus braços e, levantando-a, a abracei – não como gesto físico, mas de profunda compaixão. No mesmo instante, percebi que ocorrera um verdadeiro milagre. Coloquei-a de volta no travesseiro e, em cinco minutos, ela estava completamente sã. Deus estava esperando por alguém que lhe transmitisse a sua própria ternura, a ternura do Filho de Deus. A vontade de Deus é que sejamos canais do seu amor em todo o tempo.

Fui chamado para orar por um ferreiro em sua casa em Johanesburgo, na África do Sul. Ele estava sofrendo de delirium tremens e tinha de ficar trancado no quarto com grades nas janelas, para evitar que atacasse e machucasse as pessoas.
Quando cheguei, a esposa dele me disse: “Sr. Lake, não está pensando em entrar naquele quarto, está?”
“Sim”, respondi, “eu gostaria de fazer isso.”
“Mas o senhor não está entendendo. Meus filhos são todos mais fortes que o senhor e, em quatro, não conseguiram domá-lo. Ele quase os matou.”
“Minha querida irmã”, respondi, “tenho o segredo do poder necessário para solucionar este caso. Maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo. Pode entregar-me a chave e cuidar do seu trabalho; não se preocupe comigo.”

Destranquei a porta, entrei no quarto, tranquei a porta novamente e guardei a chave. O homem estava numa posição meio agachada, como um leão pronto para saltar sobre a vítima. Nunca ouvi palavras mais blasfemas do que aquelas que ele falou ali. Amaldiçoou-me usando todos os palavrões conhecidos e muitos que nunca ouvira na minha vida. Ameaçou que, se eu me aproximasse, ele me dilaceraria, membro por membro, e jogaria os pedaços pela janela. Em tamanho, era duas vezes maior que eu. Jamais vi um braço como o dele.
Comecei a falar com ele. Estava confiante em que maior era o que estava em mim do que o que estava nele. Envolvi-o em conversa até que o Espírito Santo em mim pudesse dominar aquele demônio, ou legião de demônios que fosse. Fui aproximando-me da cama, passo por passo, às vezes avançando apenas oito a dez centímetros por vez. Em meia hora, alcancei uma posição em que podia pegar sua mão.

Ele ainda estava naquela posição de prontidão, como se fosse um leão. Agarrei as mãos dele e torci os punhos para baixo. Não estava tentando usar nenhum truque físico, aconteceu inconscientemente; porém, ao fazê-lo, fitei-o nos olhos, com o meu rosto bem perto do rosto dele. Na mesma hora, como se meu espírito tivesse se despertado, pude ver dentro dele. Vi o demônio naquele homem começar a rastejar-se, tentando fugir. Se o Deus Todo-poderoso olhar através dos seus olhos, não há um demônio no inferno que possa encará-lo; terá de abaixar-se e se pôr a fugir. Havia relâmpagos celestiais naquele lugar.

O demônio no homem estava aterrorizado, rastejando-se e tentando se afastar o máximo possível do meu olhar. Olhei para o alto e clamei a Deus para expulsar aquele demônio. Cedi a Jesus toda a força da minha natureza, todo o poder do meu espírito, a liberdade para usar minha mente, meu corpo, todo o meu ser. Deus estava tomando conta de mim, desde a minha cabeça até a planta dos pés. Os raios de Deus passavam por mim, e, quando me dei conta, o homem havia se desmontado, caindo no chão, totalmente inerte. Logo em seguida, colocou-se de joelhos e começou a orar e chorar, porque estava livre, o demônio se fora.

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